|
Prato simples que sustenta, O arroz de carreteiro É rude manjar campeiro Com sabor tradicional. Esta iguaria bagual, Dos tempos de antigamente, Ganhou fama e, de repente, É prato tradicional.
Arroz gaúcho, amarelo. Charque gordinho, cebola Daquela roxa, crioula E o verde é salsa picada. Panela preta areiada, Ãgua quente na cabona, Colher de pau, mangerona, Parece não faltar nada.
Charque picado a capricho Tem que ser bem escaldado, Escorrido e colocado Na panela novamente. Quando corar, simplesmente Bote a cebola picada, Quando esta ficar dourada Ponha um pouco de água quente.
Baixe o fogo e bote a tampa Enquanto o charque cozinha. De vez em quando, uma agüinha Pra que não fique queimado. AÃ, o arroz é lavado E a mangerona tem vez. Mais uma agüinha, talvez, Garantindo o cozinhado.
Estando o charque macio, Bote o arroz pra que se aquente. Revive continuamente Com calma e muita paciência. Baixe o fogo, por prudência. Bote água da cambona, Prove o sal e a manjerona Que são, do gosto, a essência.
Quando o arroz ficar cozido E ainda estiver molhado, Tire a panela de lado, Ponha a salsa e deixe estar. Chame a turma pra almoçar E sirva até o bem do fundo Pra contentar todo mundo Com delicioso manjar. |
Autor: Iberê Machado
|
|
|
|
|