Sou feliz , nasci Gaúcho, Deus me deu este regalo, sou briguento que nem galo peleando no rinhedeiro, sou pachola, sou faceiro, sou bagual não tenho encilha, sou livre, sou farroupilha, pra lutar fui um guerreiro.
Sou xucro, criado guaxo, falquejado em coronilha, fui cincerro de tropilha de um tempo maula e aragano. Sou alçado, não tenho dono, meu andar ninguém maneia, sou noite de lua cheia vigiando, não tenho sono.
Meu grito é retumbar de legüero chamando e atiçando a tropa. Meu destino é quem galopa nas patas da evolução, sou raiz, sou tradição de um passado de glórias, fui revolução, sou história lutando por este chão.
Eu demarquei as fronteiras, da República Rio-grandense, o Rio Grande me pertence, eu lutei para este fim, fui tambor e fui clarim nos fervores de uma guerra. Eu sou filho desta terra, fui farrapo e sou assim.
Sou bandeira que esvoaça guarnecendo esta querência. Me ajoelho em reverência ao meu pendão desfraldado, verde, amarelo, encarnado, tem força de Liberdade, Igualdade e Humanidade, símbolos de que fui marcado.
Ser livre, este é o sentimento que trago neste peito guardado, e que só fica rebelado quando a justiça se afasta. Gaudério, ninguém me castra, sou taura e sou índio macho, envergo mas não me agacho. Sou Gaúcho, e isto me basta! |